“Você já fez amor?” Ela perguntou baixinho ao pé do ouvido
do rapaz. Ele nunca tinha parado pra pensar nisso, e só agora percebera que
acabara de fazer amor pela primeira vez. Ele ainda sorria com cara de bobo
porque essa sensação não se comparava a nada que já tinha sentido, nunca fora
tão gostoso e tão excitante ter uma mulher fazendo carinho no seu corpo.
Ele não sentia vontade de se vestir e ir embora como sempre
fazia, a única vontade que sentia era a de ficar ali pra sempre.
Ele brincava com o cabelo da garota que estava deitada no
seu ombro, ela se esticava para morder cada pedacinho do corpo dele. Ele ainda
não entendia como tinha ido parar na cama dessa garota que tem cheiro de rosas
e porque a última coisa que queria no mundo era perder esse momento. Sentia
vontade de apertá-la, de beijar cada centímetro da sua pele macia. Ela não
pertencia a ele nem a ninguém. A liberdade dela o deixava intrigado, nervoso,
como se a qualquer momento ela pudesse abrir asas e sair voando como uma
borboleta. Mas, enquanto ela estava naquela cama, no seu ombro, ela era dele.
Sua pele branquinha, seus lábios vermelhos, seu cheiro de rosas... Tudo dele.
Foi aí que ele percebeu que ela era livre e que poderia
estar em qualquer outro lugar com qualquer outra pessoa, mas ela escolheu estar
com ele, escolheu estar no seu ombro. Eles não precisavam trocar declarações de
afeto para comprovar qualquer coisa porque quando seus olhos se encontravam
nenhuma poesia poderia descrever o amor que eles entregavam um ao outro.
M.A.L.L.