quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Passarinho

Na confusão eu te encontrei. Manipulei, e consegui você ao meu lado. Entreguei-te meu amor, meu carinho, meu sorriso. O que mais eu posso te dar?

Às vezes me perco nos teus olhos escuros. Esses olhos, que por trás do amor, transparecem tanta insegurança e medo. Neles eu vejo um oceano no meio da noite. Mar de segredos. Ondas que me arrastam prontas pra me afogar. Mar gelado, ondas de amor e possessão.

Olhe pra mim, veja minhas cores. Sinto-me como um passarinho que cantou e te encantou. Voei pros teus braços, quis ficar no teu calor. Você tentou me prender, queria me manter entre grades. Eu não poderia cantar, estaria sozinha. De que me serviriam as asas se não poderia voar?

Perdida em pensamentos, percebo que num claustro eu nunca poderia ser tua, porque não existiria mais nada de mim.


M.A.L.L.

Um comentário:

  1. Primeiro texto que li aqui no teu blog. Aliás, não sabia que você escrevia... e particularmente gostei muito, ao menos esse texto especificamente. Simples, verdadeiro e um tanto melancólico. Passaro preso... querendo a liberdade. Muitas vezes o amor tenta prender esse passarinho. Qual o limite entre liberdade e os cuidados de alguém que ama? Paradoxal. Enfim, ganhou um leitor =)

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